quinta-feira, 24 de junho de 2010

Porque será que alguns Progenitores lhes rouba estes direitos?

“Se se fizerem duas simples perguntas a um membro dessa geração: ‘como quer que seja o mundo daqui a cinquenta anos?’ e ‘o que quer que seja sua vida daqui a cinco anos?’, as respostas serão quase sempre precedidas por: ‘desde que ainda haja um mundo’ e ‘desde que eu ainda esteja vivo’. Nas palavras de George Wald, ‘aquilo com que nos defrontamos é uma geração que de forma alguma está segura de ter um futuro’. Pois o futuro, segundo Spender, é como uma bomba-relógio enterrada, cujo tique-taque soa no presente. À frequente questão: ‘quem são eles, esta nova geração?’, pode-se estar tentado a responder: ‘aqueles que ouvem o tique-taque” (ARENDT, 1969, p. 22)
O texto que se segue é de Pedro Strecht, pedo-psiquiatra, do livro Crescer Vazio, 3.ª edição, 1998. O Outro acrescentaria ao texto que "Todas as crianças têm o direito de acreditar que existe um futuro." O Outro acredita ainda que, se estes direitos fossem respeitados, não haveria violência nas escolas.
Todas as crianças com mais de cinco anos têm direito a desabafar.
Todas as crianças até aos onze ou doze anos têm direito a andar grátis no Carrossel quando estão de férias.
Todas as crianças que andam na Escola têm direito a serem alegres, terem amigos e a brincarem com os outros. Têm direito a ter uma Professora que não grite com elas.
Todas as crianças têm direito a ver o mar verdadeiro, especialmente em dia de maré vazia.
Todas as crianças têm direito a, pelo menos uma vez na vida, escolher um chocolate que lhes apeteça.
Todas as crianças têm direito a terem orgulho na sua existência.
Todas as crianças têm direito a pensar e a sentir como lhes manda o coração, até serem velhas, aí com uns vinte anos.
Todas as crianças têm direito a terem em casa o Pai e a Mãe, os irmãos, se houver, e comida. Se o Pai e Mãe não conseguirem viver juntos têm direito a que cada um deles respeite o outro.
Todas as crianças têm direito a deitarem-se no chão para ver as nuvens passar, imaginando formas de todos os bichos do Mundo combinadas com as coisas que quiserem (por exemplo, um cão a andar de patins ou uma girafa de orelhas compridas).
Todas as crianças têm direito a começarem uma colecção não interessa de quê.
Todas as crianças têm direito a chupar o dedo indicador que espetaram num bolo acabado de fazer ou então lamber a colher com que raparam a taça em que ele foi feito.
Todas as crianças têm direito a tentarem manter-se acordadas até tarde numa noite de Verão, na esperança de verem uma estrela cadente e pedirem três desejos (a justiça devia fazer acontecer sempre pelo menos um).
Todas as crianças têm direito a escrever ou a falar uma linguagem inventada por elas (ou que julgam inventada por elas), como por exemplo a «linguagem dos pês»: «apalinpingupuapagempem dospos pêspês».
Todas as crianças têm direito a imaginar o que vão querer fazer quando forem grandes (habitualmente coisas extravagantes) e a perguntar aos adultos «o que queres ser quando fores pequenino?».
Todas as crianças têm direito a dormir numa cama sua, sentindo o cheiro da roupa lavada, e a terem um espaço próprio na casa, pelo menos a partir do ano de idade.
Todas as crianças têm direito a passear na rua tentando pisar apenas o empedrado branco (ou só o preto); em opção, têm direito a fazer uma viagem contando quantos carros vermelhos passam na faixa contrária.
Todas as crianças meninos têm direito a, pelo menos uma vez na vida, perguntar a uma menina «queres ser a minha namorada?» e todas as meninas têm direito a, pelo menos uma vez na vida, responder, «sim,quero».
Todas as crianças têm direito a ouvir um adulto contar pelo menos uma destas histórias: Peter Pan, o Principezinho ou o Príncipe Feliz.
Todas as crianças têm direito a ter alegria suficiente para imaginar coisas boas antes de dormirem e depois, a sonhar com elas.
Todas as crianças têm direito a ter um boneco de peluche preferido, especialmente quando velho, já lavado e mesmo com um olho a menos.
Todas as crianças (especialmente se já adolescentes) têm direito a usar os ténis preferidos, mesmo que rotos e com cheiro tóxico.
Todas as crianças têm direito a poder tomar banho sozinhas e a experimentar mergulhar na banheira contando o tempo que aguentam sem respirar.
Todas as crianças têm direito a jogar aos polícias e ladrões, preferindo inevitavelmente serem ladrões.
Todas as crianças têm direito a ter um colo onde se possam sentar, enroscar como numa concha e receber mimos.
Todas as crianças têm direito a nascer iguais em direitos.
Todas as crianças têm direito a conhecer o sítio onde nasceram e a visitá-lo livremente.
Todas as crianças têm direito a não ficarem sozinhas a chorar.
Todas as crianças têm direito a viver num País que tenha um Ministério da Infância e Juventude, que olhe verdadeiramente pelo crescimento afectivo e bem-estar interior (sem preconceitos adultocêntricos ou hipocrisias com ares de cromo abrilhantado).
Todas as crianças têm direito a acreditar que têm um adulto que olha por elas e as ama sem condição prévia (nem que seja Nosso Senhor).
Todas as crianças têm direito a viver felizes e a ter paz nos seus pensamentos e sentimentos.

sábado, 19 de junho de 2010

Sim...vamos lutar

Não vencemos sempre quando lutamos.....mas perdemos sempre quando deixamos de lutar......
Não devemos deixar que nos atropelem com mentiras que em qualquer tribunal serão sempre fácilmente desmascaradas e portanto ......devemos lutar contra a mentira.....
Não devemos deixar que as pessoas sejam manipuladas e temos o dever de as desmacarar em frente de todos...sobretudo se estivermos em tribunal.....e por isso devemos lutar.....
Não devemos deixar que nos amuchuquem todos os dias...quando ninguém está por perto...para depois dizerem o contrário....os tribunais dignificam as pessoas que não mentem....portanto devemos lutar........
Não devemos utilizar os nossos filhos para nosso proveito e muito menos educá-los na mentira e na perversidade....devemos educá-los para os outros,para o mundo....e portanto devemos sempre lutar....
Não devemos mentir quando nos apetece para nos enaltecermos e denegrir os outros ou para atingirmos os "nossos objectivos"......e quando a mentira é imediatamente visivel...desculpamo-nos da maneira mais "COBARDE" com outra MENTIRA :"Não fui eu, foi o meu advogado que percebeu mal eu não lhe disse isso( como se o advogado fosse parvo e não soubesse o que estava a fazer e fosse "inventar" em nome do cliente) ....por isto devemos sempre lutar...........
Devemos lutar para que cada um de nós aceite a diferença e não como estes manipuladores querem que sejam todos fotocópias......só assim o mundo poderá ser melhor......portanto devemos lutar......
Vamos todos morrer e partiremos com as mãos a abanar, como viemos ao mundo.....mas não temos todos que morrer de tédio....

Portanto....vamos lutar!!!!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gosto desta....acho gira

Um dia uma cobra...preparou-se para comer um pirilampo.....O pirilampo muito assustado, perguntou se podia colocar uma última questão!
A cobra concordou e então o pirilampo perguntou à cobra: Porque me queres comer, se eu não te alimento?
- A cobra respondeu: Porque não suporto ver-te brilhar...


Acho genial, não acham?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mães fusionais

Ainda bem que no dia 27 de Abril já escrevi sobre isto.Ainda bem que escrevi em como as crianças sofrem com estas mães e como querem "fugir" com o rabo à seringa....culpando o Pai, quando as crianças estão a sofrer horrores e estas mães só enxergam o umbigo delas!!! Ainda bem....que sei ver para lá da idiotice das roupas, dos sapatos, das amigas (pseudo) que se uma tem a outra também tem que ter. Afinal tenho uma filha diferente, e nem sequer fala, mas ensinou-me a ver os sinais de "perigo" no silêncio do dia a dia. Sou mais atenta, sou.......mas fui obrigada a sê-lo.Não digo ainda bem porque me atormeto todos os dias, mas aprendi que o supérfluo é mesmo supérfluo e os afectos é o que fica para sempre. As crianças têm direito a PAI e MÃE e familia alargada...... Basta de MALDADE E MENTIRA!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Direito dos Avós ao convivio com os Netos

"I – O Art.º 1887.º-A do CC, aditado pela Lei n.º 84/95, de 31/08, consagrou não só o direito do menor ao convívio com os avós, como reconheceu, também, um direito destes ao convívio com o neto, que poderá designar-se por "direito de visita". II – Em caso de conflito entre os pais e os avós do menor, o interesse deste último será o critério decisivo para que seja concedido ou denegado o "direito de visita". III – Presumindo a lei que a ligação entre os avós e o menor é benéfica para este, incumbirá aos pais – ou ao progenitor sobrevivo ou que ficou a deter o poder paternal – a prova de que, no caso concreto, esse relacionamento ser-lhe-á prejudicial." Assim, ficou jurisprudêncialmente fixado que, não só os netos têm direito ao convívio com os avós, como também, os avós têm legalmente consagrado o "direito de visita" aos netos, ainda que os pais do menor a esse direito se oponham, desde que não seja provado, no caso concreto, que esse convívio seja prejudicial para a criança. Neste famoso "Acórdão dos avós do STJ" reconhece-se que "os avós têm em relação aos netos um papel complementar ao dos pais, embora de natureza diferente. Enquanto os pais assumem uma função predominantemente de autoridade e de disciplina em relação aos filhos, o papel dos avós é quase exclusivamente afectivo e lúdico, satisfazendo a necessidade emocional da criança de se sentir amada, valorizada e apreciada". Este é, sem dúvida, mais um passo na defesa dos Filhos de pais separados, que desta forma vêm garantido o seu direito a beneficiarem do património humano, cultural, e social que toda a sua família, para cada um deles, representa.