quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

2008

Aquela frase que é habitual dizer-se: Ano novo vida nova, pode ajudar os estados de ''ânimo'', mas realmente não mudam os estados de ''alma''.
O tempo foi realmente inventado pelos homens (por acaso foram os frades nos conventos) e como tal, nada muda só porque o calendário se altera.
No entanto, acho bem que pelo menos uma vez, sejamos contagiados com o optimismo da mudança e não com as frustações da vida, que teremos sempre que resolver, enquanto por cá andarmos!!!!!!!
Ou vi agora o programa semanal do prof. Daniel Sampaio (esfera familiar) e o tema era o saber-se dizer não aos nossos filhos.Ele aconselha e é baseado em estudos, que uma criança deve habituar-se ao INTERDITO, assim que começa a gatinhar.É muito importanto ter amor da mãe e do pai, mas saber-se dizer não, vai ajudar a que as frutações que se lhe vão deparar pela vida fora, não tenham o mesmo impacto, para aquela criança a quem tudo foi facilitado e o sim é a maneira mais fácil de ''conquistar'' uma criança.........
Achei também interessante, ele reafirmar (já o ouvi várias vezes) que o pai é hoje tão importante como a mãe, embora há uns anos atrás se achasse o contrário!!!!! Não era por uma questão afectiva, sabe-se agora, mas por uma questão cultural, e como a ligação começa mais cedo com a mãe (pelo menos fisicamente) criou-se esse mito, erradamente e porque convinha também aos homens...diga-se em abono da verdade!
A Dra. Maria Saldanha Ribeiro Pinto, que já consultei e cujos livros tenho comigo, pois estou sempre a aprender todos os dias, dizia ontem, que nas separações a criança deve ter o menos possivel de mudanças ou seja: não mudar de terra, sendo afastada de um dos progenitores, não mudar de escola, não mudar de amiguinhos. A grande prejudicada será a criança e como tal na adolescência virá tudo ao de cima.....
Ela diz e muito bem, num dos seus livros que há sempre um dos progenitores que acha o mais importante é: Se o outro (pai ou mãe) se atraza no horário de entrega, se a roupa se estraga, se a roupa se suja ou desaparece, se o brinquedo foi e não veio, e outras perguntas que fazem para tentarem saber o que se passou do outro lado....O que os técnicos sabem e alguns pais conscientes também sabem é que, sempre por trás destes conflitos, está um conflito emocional que é preciso apaziguar.
Não há receitas gerais para horas, nem para o facto de a criança dever comer e beber certos alimentos, mas há uma receita infalivel_a de que a estabilidade da criança deve passar à frente de todos estes desacordos.
Não há horário, não há objecto, nada existe que, posto num dos pratos da balança, possa pesar mais, isto é, ser mais importante que o equilibrio da criança.
Obs: Acho excelente este 2008 começar com estes debates, primeiro pelas crianças, que sofrem com a ''ditatura'' de um dos progenitores e dos tribunais e segundo, a sociedade tem que mudar relativamente aos afectos...disso tenho a certeza!!!
Os adultos do amanhã, são estes pequeninos seres, que nada têm a ver com as frustações que os adultos sofrem, porque não se sentiram verdadeiramente amados quando foram crianças!

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